sábado, 4 de maio de 2019

T.E.M.P.O D.E B.L.U.E.S E M.I.R.A.C.O.L.O




               Tempo de Blues e Miracolo

Tempo, tempo, tempo...

Senhor do destino e da razão...
Por que não paras?

Por que não posso contrariá-lo tempo rei?

Sempre indo e vindo...
Algoz de mim.
Deixa-me navegar no meu blues.

Nunca descansas?

És inquieto por natureza.
E eu aqui no meu próprio tempo.
Hedonista do meu blues.

Ah, pra lá.!
Coisas mil a fazer...
Ponteiros pulsantes, torturantes.
O tempo me pertence!

Triste ilusão.
E eu aqui te olhando,
Deitado feito tolo,
Em meu descanso vão.

Sábio tempo,

Quando serás comprimido?
Para que eu possa lhe tomar,
E todas as pendências sanar.

Tempo vem.

Malditos ponteiros,
Torturantes que passam,
Algoz de meu ócio.

Afasta-te de mim tempo.
Sepulta-te tempo,
Deixa-me viver para as vil aventuras.

Um gole de blues Beth Hart,

Miracolo no copo,
Leve, voo solto, sem destino, 
Sem labor, doce luxúria em sabor.

Marcos Sousa






Nenhum comentário:

Postar um comentário